Tudo é melhor com eles!

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Ontem, por volta das 00:00 horas, uma de minhas meninas partiu. Foi viver junto com sua colônia lá na Ponte do Arco-Íris, não sei ao certo se realmente lá tem espaço para ratinhos, mas se tem algum lugar que eu gostaria que ela estivesse agora, seria lá. Ela tinha apenas 2 ou 3 meses de vida, ainda era bem jovem, não tinha vivido nada... E foi em busca de viver mais que acabou partindo. Ela entrou por traz do sofá, e morreu asfixiada. Quando a encontrei, ela estava espremida entre a parede e o sofá já morta. Arrastei o sofá, e ela caiu no chão, com a língua pra fora, os olhos arregalados, com cara de desespero. Queria ter encontrado ela antes disso ter acontecido, eu podia ter evitado. Mas simplismente aconteceu, como se tivesse local e hora marcada pra acontecer. Não pude evitar. Talvez até pudesse, não soltando ela da gaiola pra andar um pouco, mas eu já tinha feito isso antes, várias outras vezes, mas essa vez infelizmente foi a última vez. Quando peguei ela, coloquei em cima do sofá, e as outras amigas e irmãs, vieram imediatamente cheirá-la, pois sabiam que havia algo diferente com ali, viram eu chorando, viram ela parada, sem poder fazer nada, apenas dava algumas tremidinha nas pontinhas dos dedos da mãozinha direita. Mais nada. Elas a cheiraram, juntaram todas as 5 em volta dela e mais 2 meninos, cheiraram por toda parte, sua mãe adotiva, a Jheena, tentou lamber seu rosto, sua boca, mas nada ela respondia. Aos poucos todas saíram de perto, e meu marido veio com uma camiseta velha pra embrulhar ela e levá-la embora. Foi tudo tão rápido. E agora, toda vez que olho pra gaiola, falta um pontinho preto no meio das minhas branquelas e bronzeadas.
Charlotte era uma grande amiga. Era arisca, não era muito de colo, curiosa e agitada. Tinha seu valor, era a mais especial dentre as outras, tirando a Jheena, claro, a matriarca. Mas era especial.
Queria fazer uma homenagem a ela, mas tudo que eu penso, não tá bom, porquê nada, palavra nenhuma vai expressar a falta que ela vai fazer. Mas vou tentar soltar algumas palavras. Não liguem se não fizer sentido pra vocês.

Imagem ilustrativa.
 A Charlotte era igualzinha essa da foto.
Eu não pude tirar foto dela porque
estou sem câmera. 

Era uma vez, uma  ratinha chamada Charlotte...

Ela era pequena. Mas gostava de correr pra lá e pra cá.

Subia em cima de alguns móveis, e se escondia em baixo e atrás de outros...

Mas quando me via, era doce como mel.

Minha amiga, - pensava ela, me olhando sentada em meu joelho- brinque comigo?

Eu não correspondia. Apenas ficava a olhando e pensando: como posso te amar tanto assim?

Nada era capaz de responder essa pergunta. 

Em seguida, ela ia dormir. 

Quem diria, quem imaginaria, que um dia, ela iria dormir para sempre?

Hoje ela é apenas uma estrelinha azul lá no céu. 

Presente apenas em meu coração, e no coração de sua mãe adotiva, Jheena, e de suas irmãs e irmãos:

Bella, Juny e Judy (as gêmeas inseparáveis), Lenore, os pequenos Pixel e Thunder, os irmãos de consideração Sid e Chiko, e o velho pai adotivo Killer.

Esperamos que onde estiver, que esteja bem. 

Esperamos que onde estiver, nunca lhe falte comida.

Esperamos que onde estiver, nunca falte água.

Que nunca lhe falte um companheiro pra brincar, e lugares pra subir ou se esconder.

Que nunca lhe falte amor e carinho.

Que nunca lhe falte atenção.

Esperamos que onde estiver, esteja feliz.

Havia tanta coisa pra você aprender e viver aqui,

Esperamos que viva e aprenda tudo aí.

Esperamos que tenha toda resposta a suas perguntas, que todo seu desejo seja atendido, e que todos seus medos sejam jogados de lado.

O seu calor, se foi, mas seu amor sempre ficará presente, pois realmente nos sentimos amados enquanto esteve conosco.

As memórias serão duradouras...

Hoje a noite vou chorar, mas tenho que dizer adeus, e lembrar que você só me trouxe alegria.

Então... Adeus parceira... Fique bem, que ficarei também...

Um dia, a gente se encontra.

Descanse em paz.